sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Com rede elétrica deteriorada, prédio corre risco de novo incêndio

A reunião entre a direção do CCB, a prefeitura do campus e a Pró-Reitoria da UFPA não surtiu o efeito esperado. Os professores reivindicam a reforma do prédio do CCB e a construção de um novo prédio e devem ficar de braços cruzados até a próxima quarta-feira, já que as negociações não avançaram.

Entre as reivindicações estão a reforma do sistema hidráulico e do telhado do prédio, danificado durante uma tempestade em agosto. Desde então, pelo menos dez salas, a maioria laboratórios de pesquisa, estão interditadas. Há também preocupação com os R$ 725 mil liberados pela Reitoria para reforma da parte elétrica do prédio, pois ainda não houve licitação e o prazo para utilização do dinheiro expira no próximo mês.

Além da reunião entre o diretor do centro, José Luiz Nascimento, o prefeito do campus, Marcos Vinícius, e a pró-reitora de administração, Iraci Galo, o primeiro dia de paralisação teve caminhada dos estudantes dos cursos de saúde que têm aulas e pesquisas no CCB. Ao meio-dia, eles foram até a reitoria, onde protocolaram ofício para informar o estado do prédio. À tarde, continuaram ocupando o hall da reitoria, onde organizaram palestras e discussões.

'A reitoria já está sabendo do problema há tempos, mas levar outro ofício e ocupar o hall é uma forma de pressionar para uma solução imediata', afirma o coordenador do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Fabrício Oliveira Gomes. Segundo ele, os estudantes vão continuar realizando programações na reitoria, para que a paralisação seja um momento de mobilização.

PERDA

O maior receio de Isabel Cabral, professora de genética e coordenadora do curso de Biomedicina, é que ocorra um novo incêndio, semelhante ao que ocorreu há cerca de dois anos, devido a má condição da rede elétrica. 'O maior prejuízo foi a perda de informações acadêmicas', lembrou. Construído em 1971, o prédio sofreu incêndios em 2003 e em 2006, além do destelhamento no mês passado.

Segundo a professora, há risco de perda de equipamentos caros, que não poderiam ser recuperados a curto prazo, assim como material biológico de genética, virologia e fisiologia, por exemplo. Cerca de 1.600 alunos freqüentam regularmente o CCB. 'Com um espaço tão precário, a pesquisa fica prejudicada', diz a estudante de bacharelado em Biologia Deborah Castro.

Fonte: O Liberal 13/09/07

Nenhum comentário:

Cotidiano - Dois aumentos na semana