sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Luiza já voltou do Canadá. E nós já fomos mais inteligentes

Realmente, uma verdade sem precedentes. Os crimes mais hediondos possíveis têm acontecido; recorrentemente há casos de desvio de dinheiro público, todos os dias morre uma pessoa na frente de um PSM por falta de atendimento, etc; e o povo age com absoluta naturalidade diante de tudo isso; contudo, quando um cachorro morre (não desmerecendo o animal que deve, indubitavelmente, ser respeitado), um suposto caso de estupro, negado por ambas as partes, é exibido na internet (o que não significa que por ter sido negado não deva ser apurado) ou uma desconhecida é citada como ausente pelo pai por estar no Canadá (o maior absurdo de todos, o qual me recuso a fazer qualquer tipo de ressalva), as Redes Sociais se mobilizam e passam a fazer disso o assunto do momento.

Bertold Brecht é que estava certo, o ser humano está incorrendo neste grande erro:

"Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar."

Sinto vergonha até mesmo de mim, que, por não ser puro, também já incorri neste erro; todavia, isso não significa que por isso, também não deva ser consciente e inteligente. 

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