quinta-feira, 11 de novembro de 2010

DCE e Reitoria discutem alternativas de Segurança para o Forró Universitário

10.11.2010 19:00

: :Reitor da UFPA e estudantes discutem forró universitário


Representantes da administração superior, da Associação dos Docentes da UFPA, professores e estudantes reuniram-se, nesta quarta-feira, 11, para discutir alternativas de realização do forró universitário, na Cidade Universitária Prof. José Silveira Netto, Campus do Guamá, em Belém.

O reitor Carlos Maneschy pediu uma reflexão dos universitários quanto à organização das festas, que são promovidas às quintas e sextas. “Não somos contra a realização do forró. Mas é preciso deixar claro que a questão da segurança é uma responsabilidade da administração superior que deve ser compartilhada com toda a comunidade acadêmica. Devemos atuar juntos no sentido de buscar soluções”, afirmou o reitor.

Além do reitor, também participaram do encontro o pró-reitor de Extensão, Fernando Arthur Neves; o prefeito do Campus, Alemar Dias Rodrigues Junior; o diretor de Segurança, Paulo Sette Câmara Filho; a professora Rosimê Meguins, diretora geral da Adufpa, e o professor Edson Frazão.

Propostas – Gestores e estudantes concordam com a opinião de que o forró não pode continuar como está, sob pena de riscos aos frequentadores. Várias sugestões foram apresentadas para reforçar a organização e a segurança nas festas universitárias, mas as propostas ainda serão discutidas pelas lideranças presentes com as bases estudantis.

O reitor ressaltou que os investimentos em segurança dependem dos recursos de que a universidade dispõe, pois existem limites orçamentários, e, por isso, defendeu a realização de apenas um forró, às sextas-feiras, sendo a quinta ocupada por outras atividades culturais. Atendendo a pedido dos estudantes, o reitor concordou em manter o calendário previsto até dezembro de 2010, mas frisou que o acertado teria “contrapartida e compromisso firmado.”

O assunto será discutido no Conselho de Administração da UFPA (Consad), mas, no encontro desta quarta-feira, foram adiantadas algumas propostas. De imediato, o reitor se comprometeu com a ampliação da segurança nas festas e com a compra de um sistema de som que será cedido gratuitamente aos estudantes, eliminando o custo com aluguel de aparelhagens. Como alternativa de arrecadação para as despesas de colação de grau, também ofereceu espaços para venda de lanches pelos centros acadêmicos ou comissões de formatura.Carlos Maneschy solicitou que o som seja mantido em volume compatível com o estabelecido pelo código de posturas da UFPA, e pediu a colaboração dos estudantes para que se identifiquem nos portões ao ingressar na UFPA para os forrós.

Os estudantes fizeram diversas propostas, como a comunidade externa poder continuar frequentando a festa, mas mediante convites que seriam distribuídos pelos promotores de cada evento, inclusive em parceria com as associações comunitárias dos bairros do entorno. Eles também pediram que a Reitoria volte a conversar com as empresas de ônibus externos para que elas ampliem o horário noturno. Essas e outras propostas serão formalmente enviadas ao reitor.

Os estudantes ressaltaram a importância do encontro. “A audiência sinalizou a abertura do diálogo dos estudantes com a administração superior”, declarou um dos integrantes do movimento estudantil, Rubem Alves, lembrando que “as ideias ainda precisam ser amadurecidas e discutidas publicamente, pois somos apenas representantes de cerca de 40 mil universitários”. “Os estudantes estão sendo mais sensíveis ao que a Reitoria pontua e estamos conseguindo caminhar para que, em comum acordo, possamos trazer melhorias para o forró universitário”, complementou Carol Ribeiro, do Diretório Central dos Estudantes (DCE).

“Será preciso fazer mais reuniões para chegar a uma decisão final, pois os detalhes que foram conversados ainda precisam ser mais explicitados. O que ficou claro é que nós temos muito mais pontos de convergência do que de divergência. Os estudantes estão convencidos disso e estão dispostos a ajudar para que, coletivamente, possamos encontrar soluções”, avaliou o reitor.

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