sexta-feira, 1 de abril de 2011

NOTA DO PSTU SOBRE O VAZAMENTO DE SUPOSTOS DOCUMENTOS INTERNOS

Na quarta feira, dia 30 de março fomos surpreendidos pela veiculação de supostos documentos internos de nossa organização na internet. Através de um fake especialmente criado, esses supostos documentos foram enviados para uma lista do movimento estudantil do Pará. Minutos depois, já estavam postados no blog de Fabrício Gomes, militante do Movimento Esquerda Socialista – MES – corrente interna do PSOL. Desde que publicou os documentos em seu blog, Fabricio Gomes tem twitado insistentemente o link dos documentos na internet, chamando a todos que leiam as supostas elaborações do PSTU.
Em primeiro lugar, é vergonhoso que um militante de uma organização de esquerda se utilize de supostos documentos internos de outro partido para lhe proferir ataques. Esse método é digno do mais baixo stalinismo e deve ser repudiado por todos os ativistas e militantes conscientes. Foi o stalinismo quem introduziu na esquerda a tradição da calúnia, da mentira, da falsificação e da deslealdade como meios de luta política.
O suposto documento do PSTU publicado por Fabrício não passa de uma falsificação grosseira. Quem abriu o documento, publicado em formato PDF, pôde perceber que antes do primeiro parágrafo, há um enorme espaço em branco sem texto algum. Nesse espaço em branco, no documento original, havia um aviso escrito em vermelho e com letras garrafais onde se lia: “Aviso: este documento é de um setor minoritário da juventude do partido que há algum tempo vem discordando das posições da direção. Estamos publicando para o nosso debate interno”.
O fake que postou o documento escondeu deliberadamente este parágrafo com o objetivo de confundir e enganar. Fabrício Gomes, na qualidade de porta-voz do fake, publicou um documento rejeitado como se fosse a posição de nossa organização. Esse expediente tem nome: chama-se falsificação.
De nossa parte, sempre defendemos e continuaremos a defender que as lutas políticas se dêem em base a argumentos políticos. Essa sempre foi a nossa tradição. A utilização de um documento interno em uma polêmica política já é em si uma vergonha e um escândalo. E se esse documento, além de tudo, for falsificado, então é simplesmente um crime político e uma imoralidade completa.
Para aqueles que acham que não cabe aqui qualquer discussão moral, afirmamos que a esquerda tem sim uma moral, consolidada com dois séculos de resistência e luta: a da disputa dura, porém fraterna e clara, da solidariedade e defesa mútua frente ao inimigo de classe. Ao publicar um documento interno falsificado, Fabrício Gomes enfraquece toda a esquerda pois reforça a lógica de que vale tudo para desmoralizar o adversário. Embora Fabrício afirme em seu blog que ele é “a política de cara nova”, seu método em nada se diferencia daquele praticado pelos políticos tradicionais de direita: os “dossiês”, os “documentos reveladores” e todo tipo de baixaria para esconder o debate de idéias.
Não é difícil imaginar como o fake teve acesso ao documento rejeitado. Certamente com um método indigno e estranho às fileiras da esquerda. A versão de que se trata de um “militante descontente” que os postou é infantil e não convence ninguém. O PSTU é um partido cheio de debates e polêmicas internas, todas tratadas tranquilamente em nossos organismos.
Nos somamos a todos os ativistas honestos, inclusive inúmeros militantes do PSOL, que acessaram o blog de Fabrício e deixaram comentários repudiando a baixeza de seu ataque contra o PSTU. Temos absoluta certeza que a maioria esmagadora do movimento estudantil do Pará saberá repudiar esse tipo de recurso e continuaremos a construir com todos eles um movimento estudantil livre, democrático, combativo e independente. Quem luta por um mundo socialista, livre da opressão e da exploração, não pode utilizar contra a esquerda o que a sociedade burguesa em decadência tem de pior.

Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado 31/03/11

4 comentários:

Anônimo disse...

Me surgiu uma dúvia quanto ao "setor minoritário da juventude do partido".
O PSTU não eh um partido centralizado, sem tendencias? Como entao há setores (ou seja, correntes)?

Anônimo disse...

Camarada, centralismo democrático é um regime partidário pra ação, isso não quer dizer que os militantes no seu interior tenham opniões divergentes. Não existem correntes internas dentro do partido permanentes, como no PSOL.

Anônimo disse...

o povo tem fome, que tal que todos nós lutássemos para ser criado mais emprego que nada mais é que um dos direitos fundamentais do cidadão, é uma vergonha no pará os políticos brigam pelo poder e não em cumprir o seu dever - defender o povo da miséria, falta de emprego, moradia, educação, saúde entre outros.... só se voce fizer parte da nossa corrente aí vamos lutar com voce.... o povinho ridículo... meu nome Raquel... voce me conhece com certeza... ou já ouvir falar de mim... b

pedro dias disse...

brasil mostra a sua cara... quero ver quem paga pra gente ficar assim... acorda meu povo... você é quem manda.... muda brasil... arranca o mal pela raiz... quem não trabalhar em defesa dos seus direitos... arranca do poder... e se ficar falando muito... mostra na urna quem é quem manda.... ACORDA MEU POVO... chega de corrupção passiva e ativa

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