sexta-feira, 30 de julho de 2010

EM DEFESA DO CONCURSO PÚBLICO

Desde a Constituição de 1988, a exigência do Concurso Público tem sido desrespeitada em todo o Brasil, em inúmeros municípios, nos Estados e até mesmo em Órgãos Federais.

No Pará, a partir do início da década de 90, há leis que autorizam a contratação e a prorrogação dos contratos dos temporários. Hoje, em razão disso, segundo levantamento feito pela Promotoria de Justiça de Direitos Constitucionais e do Patrimônio Público, cerca de 11.946 temporários estão distribuídos entre os diversos Órgãos do Estado. Tal situação, sem dúvida, decorreu da ausência de uma afetiva atuação dos Órgãos Públicos, falhos na missão constitucional de fiscalizar e de evitar que se chegasse a esses números absurdos.

Em nosso Estado, os governantes, recorrentemente, ferem a Constituição, prejudicando não apenas o interesse público, mas também os próprios Servidores Temporários que, diga-se, trabalham durante longos anos e acabam não tendo qualquer direito, a não ser o pagamento dos salários e a aposentadoria pela previdência geral.

Embora o Governo de Ana Júlia tenha realizado alguns Concursos Públicos, segundo levantamento feito pelo Ministério Público, 7.108 servidores foram contratados em caráter temporário no período entre 1º de junho de 2005 e 30 de abril de 2009 e, ainda, de acordo com ele, no mesmo período, o Estado contratou em caráter temporário, para atuação especificamente na Secretaria de Estado de Educação, na Secretaria de Estado e Meio Ambiente e na Secretaria de Estado de Pesca e de Aquicultura, 3.027 pessoas.

É notório, portanto, que no Pará a Exigência Constitucional do Concurso Público tem pouca efetividade, porque os servidores temporários vêm sendo contratados e seus contratos prorrogados. Atualmente, temos temporários que já são quase vitalícios e estão exercendo os “seus” cargos há mais de 18 anos, apesar da proibição constitucional, da nulidade dessas nomeações e da possibilidade de punição das autoridades responsáveis, prevista nos parágrafos 2o e 4o artigo. 37 da Constituição Federal e na Lei de Improbidade Administrativa.

É lamentável, mas as Autoridades que elegemos desrespeitam a Lei, transgridem o Princípio da Moralidade e deixam milhares de pessoas marginalizadas, sem qualquer possibilidade de acesso aos quadros do serviço público, que acaba se transformando em um feudo privilegiado de alguns e também de curral eleitoral.

Por isso, faço um convite a todos para que fortaleçamos a luta em defesa do concurso público, assim como exijamos a nomeação de todos os concursados que já há algum tempo estão na fila de espera no Pará.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

PSOL tem primeiras candidaturas deferidas

“O PSol obteve o registro juntamente com os candidatos a deputado federal: Fabrício Oliveira Gomes; Gleydson Alves Pontes; Jorge Messias do Nascimento Flexa; Maike Vieira da Silva; Mary Caroline Santos Ribeiro. E para deputado estadual: Araceli Maria Pereira Lemos; Edmilson Brito Rodrigues; José Nery Azevedo; Railson Jonas Silva dos Santos; Raimundo Márcio Pinto de Jesus...”

domingo, 25 de julho de 2010

A Precariedade da Educação no Pará

Sou servidor Público lotado na Secretaria de Educação, a dizer, Escola Estadual Oneide de Souza Tavares, em Ananindeua, e também já exerci minhas funções na Escola Pedro Amazonas Pedroso, em Belém. Em 2010, tive a oportunidade de acompanhar o processo de matrícula na Escola anterior e, apesar da SEDUC ter ofertado 290 mil vagas, sendo, dentre elas, 12 mil para PNE – Portadores de Necessidades Especiais – nem todas foram preenchidas. No Pedroso, por exemplo, dada a baixa procura do alunado, a direção da escola matriculou “alunos fantasmas” para não prejudicar o envio de recursos para a Escola, assim como a carga horária dos professores.

Tal realidade, a meu ver, é reflexo da má qualidade do ensino público e da falta de uma política pública eficiente de Assistência Estudantil. Segundo a UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Infância – o Pará está entre os Estados brasileiros com maior índice de evasão escolar e é o líder entre os Estados da Região Norte. Em 2007, para se ter uma idéia, tínhamos um total de 103 mil adolescentes, de 15 a 17 anos, fora da escola. Há poucos dias, o Pará obteve a péssima notícia de ser o pior IDEB – índice de Desenvolvimento da Educação Básica – do Brasil; contudo, o relatório da UNICEF de 2009 já apontava que o ensino fundamental do Pará era o pior do País.

De acordo com o relatório do UNICEF, apenas 22,3% do total de matriculados na 1ª série do Ensino Fundamental conseguem concluir a 8ª série. Os números representam que, de 331.266 matriculados, apenas 73.755 concluem o ensino médio. No Brasil, o percentual é de 53,7%.

Já no ensino médio, a situação é um pouco menor, mas o percentual de alunos matriculados no 1º ano que abandonam as escolas antes de concluir o ensino médio é de 43,9%.

A precariedade da aprendizagem no Brasil abrange não somente o estado do Pará, como toda a região Norte. A pesquisa revela que o percentual de crianças fora da Escola na Região é duas vezes maior do que na Região Sudeste.

Ora, não é por acaso, que Belém é 12º Capital brasileira com o maior número de analfabetos, totalizando 46,1 mil. O Pará, segundo o último senso escolar, possui 579 mil indivíduos identificados como incapazes de ler e de escrever um simples bilhete. O Estado responde por 4,1% de todo o montante de analfabetos do País que hoje beira os 14,1 milhões.

A falta de infra-estrutura, a ausência de uma política séria de qualificação docente e os baixos salários pagos pelo Estado, dentre outros, acaba por se refletir também no número de estudantes que a rede pública de ensino consegue colocar nas Universidades Públicas do Pará.

Estudo recente realizado pelo ICED – Instituto de Ciência da Educação – da Universidade Federal do Pará, apontou que os discentes do ICED foram os que tiveram a maior incidência de estudantes provenientes da rede pública (65,3%), enquanto que o Instituto de Ciências Jurídicas (ICJ) e o Instituto de Ciências da Saúde (ICS) foram os únicos em que menos de 50% dos alunos cursaram ensino fundamental em escola pública: 53,1% do ICJ e 51,1% do ICS são formados por discentes que cursaram o ensino médio na rede privada.

Percebe-se, infelizmente, que a máxima de que os cursos de Medicina, Odontologia e Direito são elitizados e que as licenciaturas, a exemplo do curso de Pedagogia, é para o “povão”, continua viva em nossa Sociedade. Na Universidade do Estado do Pará (UEPA) a situação não é diferente, já que das 2.536 vagas ofertadas em 2010, apenas cerca de 1.112 foram preenchidas por estudantes oriundos de Rede Pública de Ensino.

Mas o que fazer diante de tal situação?

Antes de tudo, quero deixar claro que ao me propor a debater o tema educação, em nenhum momento, arroguei-me a pretensão de ser a solução para os problemas que ela enfrenta em nosso Estado, posto que as mazelas educacionais no Pará não encontrarão solução em um simples mandato, seja ele a que cargo for.

Hoje, temos em torno de 1.096 escolas no Estado e, sinceramente, não acredito que a construção de novas escolas seja a saída para melhorar o nosso sistema educacional, muito embora a entenda como parte de uma série de medidas que devam ser adotadas. É preciso criamos condições para que o aluno permaneça na escola, investindo em saúde, lazer, segurança e merenda escolar. O acesso a escola também precisa ser melhorado, já que a maioria delas se localiza na área rural; logo, o aluno encontra muita dificuldade de chegar até elas por conta das grandes distâncias.

Outro ponto importante diz respeito à valorização dos trabalhadores da educação. O Estado precisa investir na qualificação do professor, do técnico em educação, do técnico-administrativo e de todos aqueles trabalhadores que, dentro dos refeitórios ou nas portarias das escolas, contribuem para a manutenção da Educação no Pará.

Recentemente, os trabalhadores em educação conseguiram um importante avanço neste sentido, que foi a aprovação do PCCR, apesar de o Governo ter, o quanto pôde, postergado o envio do Projeto à aprovação na assembléia legislativa e, inclusive, em alguns pontos, ter-se mostrado intransigente, alegando possíveis impactos que os mesmos trariam a Folha de Pagamento da Secretaria de Educação, que, em maio deste ano, era de 80 milhões. Todavia, é evidente que ainda se precisa avançar, posto que, a exceção dos professores que de imediato serão beneficiados pelo PCCR, os demais trabalhadores em educação dependem da aprovação de uma regulamentação que dirá como o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração será aplicado para eles.

Por isso, covidamos a todos os trabalhadores da Educação Pública para, juntos, pensarmos uma saída viável para a Educação no Estado do Pará.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Contribua para a nossa Campanha!

         Agora você já pode contribuir com a nossa campanha! Deposite R$ 2,00 ou quanto puder e faça de Fabricio Gomes Deputado Federal. As doações devem ser feitas por transferência bancária ou por depósito identificado. Doação legal e transparente. É assim que se faz!

sábado, 17 de julho de 2010

Nota de Solidariedade – Por Anderson Castro*

Inúmeros são os problemas enfrentados nas Universidades públicas em todo o país, a educação superior vai de mal a pior, seja pela falta de investimentos, que tem como conseqüência o sucateamento destas instituições, ou seja, pelo advento das políticas neoliberais que visam retirar direitos e privilegia a educação privada.

Na UFPA não é diferente, pois o acervo bibliográfico que temos é muito defasado, não temos uma moradia estudantil na maioria dos campi, passamos horas na fila para nos alimentar no R.U, entre outros. E quem ousa remar contra essa maré é duramente reprimido pelo “Estado Democrático de Direito” que defende os interesses das forças conservadoras que, por sua vez, temem perder suas regalias e “dividir o pão” com quem mais necessita. Por isso, criminalizam nossos destemidos lutadores.

O ex-coordenador Geral do DCE UFPA, Fabrício Gomes está sendo processado por ousar e se contrapor ao comodismo. Seu crime foi lutar por direitos, lutar em defesa da Universidade pública, gratuita e de qualidade, do mesmo modo que fez em 2005, quando foi barrada a cobrança de taxas na UFPA e como sempre se dispôs a fazer durante os anos que esteve à frente do DCE. Fabrício está sendo penalizado por liderar centenas de estudantes durante o processo de ocupação da reitoria em 2007, ocupação que trouxe melhorias inquestionáveis, como a construção do Restaurante Universitário (R.U) do campus profissional, a reforma da ponte, próxima ao Ginásio de Esportes, que liga os campi básico e profissional, dentre outros ganhos.

No Brasil da corrupção, escândalos como o dos kits escolares que foram feitos sem licitação e com o custo de R$ 47,8 milhões de reais e o da construção de escolas de forma irregular, latentes no governo Ana Júlia, tendem a cair no esquecimento, caso não sejam acompanhados de uma grande pressão popular. Enquanto isso, a população padece sem ter um atendimento digno nos serviços públicos de saúde, a violência tende cada vez mais a aumentar e a nossa juventude da periferia, em sua maioria, quando não tem perspectiva, entrega-se a marginalidade. Os professores da rede estadual que, recentemente, aproveitando a inauguração do Elevado (Complexo Viário da Júlio César), foram protestar reivindicando um Plano de Cargos, Carreiras e Salários, receberam como resposta da governadora a repressão da policia de choque. Um grande absurdo!

Outro grande absurdo é ver um pai de família sendo preso quando o seu crime foi o de usurpar de um supermercado um mísero pacotinho de leite; o motivo? Para conter o choro do seu filho que há meses está passando fome, justamente porque o estado não se preocupa em gerar uma política eficaz de emprego e renda para a população. Enquanto isso, os verdadeiros criminosos da máfia do sanguessuga, do mensalão do DEM e de tantos outros crimes que lesam a pátria e os cofres públicos estão a solta rindo a toa.

Por isso escrevo esta nota de solidariedade, não só ao companheiro de tantas lutas Fabrício Gomes, mas a todos os lutadores e lutadoras que estão sendo criminalizados por defender uma sociedade mais justa.

*Anderson Castro é Ex-Coordenador Geral do DCE / UFPA e Assessor Político do Deputado Estadual Edmilson Rodrigues

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Sabatina com Plínio Arruda Sampaio no Fórum Amazônia Sustentável


        Plínio Arruda Sampaio, candidato do PSOL a Presidência da República, após uma animada caminhada pelo Mercado do Ver-o-Peso, acompanhado de lideranças e Candidatos do PSOL Paraense, participou de uma Sabatina promovida pelo Fórum Amazônia Sustentável, no auditório do Edifício Metropolitan Tower.
       Plínio foi o primeiro dos presidenciáveis a ser indagado pelos integrantes do Fórum acerca de suas propostas para a região amazônica. Com o slogan “Desmatamento Zero”, ele defendeu a soberania nacional e o fim da privatização das florestas; a revogação da MP 458, que legaliza a grilagem no campo; a posição do PSOL contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, o fim do latifúndio e o a apoio à demarcação, homologação, titulação e garantia de inviolabilidade dos territórios indígenas.

sábado, 10 de julho de 2010

Por que aceitei ser Candidato a Deputado Federal?

Em 2009, dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – revelaram que o Pará responde por 4,1% de todo o montante de analfabetos do País – 14,1 milhões no total.

Belém, com 46,1 mil analfabetos, é a 12ª capital brasileira com o maior número de analfabetos. Santarém aparece na segunda posição do Estado com 19,1 mil, seguida de Marabá, Breves e Ananindeua, com 17,8 mil, 15,3 mil e 14,4 mil, respectivamente. Mas é nas Regiões do Marajó e do Nordeste do Pará que o analfabetismo encontra seu maior foco. Em pelo menos sete municípios dessas áreas, a taxa de analfabetismo beira a metade da população.

Infelizmente, os poucos jovens que conseguem ter acesso a Escola acabam se deparando com uma Educação de péssima qualidade. É o que revela o desempenho do Estado na avaliação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) em 2009, onde a nota do Pará, que levou em conta a avaliação das escolas urbanas públicas e privadas, foi 3,6, em uma escala que vai de 0 a 10.

Há também aqueles jovens que, embora lutem contra a má qualidade do Ensino em nosso Estado, acabam tendo que abandonar a Escola para trabalhar e ajudar na renda familiar. Segundo o IBGE, mesmo antes de completar 18 anos, muitos jovens já dividem estudo e trabalho. Mas o abandono do estudo começa a ficar mais evidente assim que a idade aumenta. Entre 18 e 19 anos, apenas 25,8% dos jovens têm como atividade exclusiva o estudo; no grupo de 20 a 24 anos, apenas 10,1%. Do outro lado, o número de jovens que apenas trabalham e não estudam é de 32,3% entre 18 e 19 anos e de 50,4% entre 20 e 24 anos.

A Constituição Federal de 1988, em seu art. 205, diz que, em tese, a educação deveria ser direito de todos e dever do Estado e da família, devendo ser promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Por outro lado, o Estado brasileiro, nos últimos 8 anos, tem remado na contramão do que dispõe a nossa Constituição e aplicado sucessivos cortes de verbas no setor educacional. Para se ter uma idéia da dimensão do problema, em 2010, o Governo Lula cortou do Orçamento do Ministério da Educação o valor de R$ 1,28 bilhão, enquanto que, somente em abril deste ano, o país registrou superávit primário de R$ 16, 576 bilhões, o maior saldo mensal desde abril de 2008.

Para aqueles que conhecem a minha história, e por tudo que foi dito até aqui, não é difícil entender o porquê de Eu ter aceitado ser Candidato a Deputado Federal. Durante meus anos de Universidade Federal do Pará, dediquei-me, sem vacilar, em defender a Educação Pública e de Qualidade Social. Por meio do DCE – Diretório Central dos Estudantes – instrumentalizamos inúmeras lutas pela ampliação do acesso e pela a garantia de permanência do estudante na Universidade.

Estivemos em vários momentos ao lado das Entidades representativas dos Docentes e Servidores Técnico-Administrativos da Universidade em defesa de melhores condições de trabalho e de salários, haja vista entendermos que a melhoria da qualidade da educação em nosso país, indubitavelmente, passa pela valorização destes Profissionais.

Por concebermos a Universidade como parte indissociável da Sociedade, por diversas vezes, transpomos os muros dela e estivemos ao lado da população de nossa cidade encampando lutas em defesa da manutenção e também de conquista de novos direitos. Foi assim quando ocupamos as ruas de Belém contra os sucessivos reajustes da tarifa de ônibus, quando denunciamos a falta de segurança nos Bairros do Guamá e da Terra Firme, quando fomos contra a Privatização do Hospital Metropolitano de Ananindeua, quando participamos do Movimento em Defesa da Meia Passagem Intermunicipal, quando nos solidarizamos com o Movimento em Defesa da Nomeação dos Concursados do Estado do Pará, etc.

Ao aceitar ser Candidato a Deputado Federal, tarefa que, diga-se, não é fácil, assumi o compromisso de, agora, por meio de nosso Mandato, caso eleito, dar continuidade a luta em Defesa da Educação, do Trabalho e de melhores condições de Vida e de Oportunidades para o povo do Pará.

Conto com você para que, juntos, possamos pactuar este compromisso.


Um Forte Abraço

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Sou Candidato a Deputado Federal pelo PSOL: 50.51

Caros Amigos (as),

Na segunda-feira, dia 05/07, protocolamos junto ao TRE-PA, com êxito, o nosso pedido de Candidatura a Deputado Federal pelo PSOL. Agora, inicia-se o trecho mais difícil do nosso caminho, que é convencer corações e mentes de que existe uma alternativa para o povo do Pará, frente a velhos nomes, representantes da velha maneira suja de fazer política em nosso Estado.

"O Pará Pra Melhor, o Pará com PSOL".

sábado, 3 de julho de 2010

Comunidade no Orkut

Caros (as) Colegas,

Este é o nome da minha Comunidade "Fabricio Gomes Dep. Federal". Envio o link abaixo para que você, caso acredite neste projeto, possa adicioná-la e também divulgá-la aos seus (suas) amigos (as). Todavia, caso você não tenha intenção de se somar a ele, mesmo assim, agradeço-os e quero deixar bem claro que sempre soube diferenciar a relação política da relação pessoal, portanto, continuaremos amigos.


Concursados entram na Justiça com nove mandados para garantir nomeações

A Associação dos Concursados do Pará deu entrada ontem na Justiça a mais nove mandados de segurança para tentar garantir o ingresso de pessoas aprovadas em concursos no serviço público. Os novos mandados representam 60 concursados que aguardam nomeação.

Ao todo, a associação já entrou com mandados de segurança para a nomeação de 280 candidatos aprovados em concursos públicos do Estado para várias secretarias e órgãos públicos, como a Secretaria de Educação (Seduc) e Sistema Penal (Susipe).

Segundo o presidente da Associação dos Concursados do Pará, José Emílio Almeida, cerca de 6 mil candidatos aprovados em concursos para órgãos do Estado ainda aguardam nomeação. Em contrapartida, o Estado continua contratando funcionários temporários "para atender demandas políticas em ano de eleições", assegura Emílio Almeida.

De olho no Diário Oficial do Estado, a associação aponta 49 novas contratações somente na edição de ontem, último dia permitido para nomeações no Estado. De dezembro para cá, mais de 300 novos contratos foram publicados no Diário Oficial do Estado.

Dos quase 6 mil concursados que ainda brigam por nomeação, cerca de 4 mil são de cargos da Seduc, afirma Emílio. "Não é verdade que esses concursados estejam no cadastro de reserva do Estado, como alega o governo, eles estão no número de vagas mesmo", afirma Almeida.

A Seduc afirma que as contratações de temporários é respaldada pela lei, já que não há concursados para áreas específicas, como educação especial. Mas a associação garante que o argumento não tem sustentação legal. "Temos acompanhado a contratação de temporários em vários municípios para onde há funcionários concursados", afirma o presidente da associação.

Almeida diz que há ainda 1.900 pedagogos concursados para serem nomeados para escolas de todo o Estado. O restante, quase 2 mil, são de professores de várias disciplinas. Desde dezembro que a associação vem ingressando com pedido de mandado de segurança para garantir a posse de concursados, mas até agora não obteve nenhuma vitória.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

PSOL oficializa candidatura de Plínio Arruda Sampaio


Cerca de 300 pessoas lotaram o Auditório Teotônio Vilela da Assembleia Legislativa de São Paulo, na manhã desta quarta-feira, para assistir à Convenção Nacional Eleitoral do PSOL, que homologou a candidatura de Plínio Arruda Sampaio para a presidência da república. O evento teve início às 10h30 com a fala de parlamentares do PSOL e diversos intelectuais apoiadores que estavam presentes. Participaram ainda militantes, representantes de movimentos sociais e dirigentes estaduais do partido de diversas regiões do país.

“Ninguém está aqui à toa. Todos têm um sonho e eu agradeço por ser o portador dele”. Assim Plínio deu início à sua fala. O candidato destacou a resistência dos brasileiros, afirmando que ela já dura mais de 500 anos. “Nosso povo é oprimido, mas nunca aceitou a opressão, sempre houve resistência”, afirmou.

Segundo ele, o PSOL nasceu para fazer a reconstrução da esperança, que o PT representava, mas que se perdeu pelo caminho. “Estamos em outro contexto, diferente da época em que o PT surgiu. Estamos diante de uma sociedade contente, conformadas com o capitalismo, que acha que muito mais do que isso não pode melhorar”, avaliou Plínio, dizendo que as eleições de 2010 serão tão duras quanto a travessia de um deserto. “Não esperemos facilidade e sucesso imediato. Nossa conquista será a da consciência de dever cumprido”, alertou.

Plínio reafirmou que as candidaturas do PT, PSDB e PV representam a mesma ordem e que o PSOL quer acabar com a mesma. “Somos a candidatura da transgressão da ordem estabelecida”, destacou, lembrando que o partido tem em seu programa de governo ações que a burguesia não tem o interesse e nem coragem de empreitar, como as reformas agrária da educação e da saúde públicas; o fim à criminalização da pobreza e do movimento de desindustrialização pelo qual o país passa; uma reforma urbana que ataque a especulação imobiliária; e a redução da jornada de trabalho. “A reforma agrária não vai melhorar a produção agrícola, mas sim a vida do povo pobre. A redução da jornada de trabalho não é apenas para gerar mais emprego, mas para proporcionar tempo de lazer ao trabalhador, tempo para que ele possa pensar!”, explicou o candidato.

Plínio reafirmou seu compromisso com o socialismo e fez questão de colocar que sua candidatura é do PSOL e que fará a campanha em conjunto com o partido. “Unidos vamos restabelecer e liberar essa esperança e esse sonho que o brasileiro quer colocar para fora!”, concluiu Plínio legitimado pelos aplausos da plateia.

Parlamentares e apoiadores

Em sua fala, o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) ressaltou a história e trajetória política de Plínio e convocou a militância a furar o bloqueio da mídia e a fazer uma campanha animada, com muita coragem e movimento. “Existe um espaço à esquerda para ser ocupado e ele é do PSOL”, afirmou Valente. Ele relembrou ainda as conquistas mais recentes do partido na câmara federal “É uma grande vitória um partido com apenas três deputados conseguir instalar uma CPI da dívida pública”, destacou. A fala do deputado empolgou os ouvintes e levantou gritos de luta da plateia, que cantou “É socialista, é coerente, Plínio de Arruda presidente!”

De acordo com o deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL-SP), a candidatura de Plínio é a única que poderá fazer um debate crítico do sistema atual. “Isso porque ela rompe com a falsa polarização entre PT e PSDB”, disse ele. O deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) complementou afirmando que a convenção estava sendo a celebração do contraponto. “ É preciso mostrar que o país não está tão bem quanto dizem. Nossa nação é uma loteria biológica, onde dois em cada três brasileiros não terão uma vida digna e decente. Nosso Índice de Desenvolvimento Humano ainda é muito baixo”, salientou. O senador José Nery (PSOL-PA) também destacou problemas como o trabalho escravo e infantil e o desemprego que infestam todo o país. “Não podemos manter o povo na situação de miséria e violência a que está submetidos. Mas é preciso dizer para as pessoas que o Brasil tem jeito e é somente com Plínio na presidência da república”, declarou.

Já a deputada federal Luciana Genro (PSOL – RS) afirmou que a luta nessas eleições será muito difícil. “Começando pelo boicote da mídia, que só considera três candidaturas”. Ela destacou ainda a falta de recursos do partido frente às máquinas eleitorais milionárias do PT e do PSDB, financiadas pelos maiores bancos do país. “Mas em contraposição temos um grande patrimônio que construímos com nossas ações políticas, como na luta contra a corrupção. Dessa marca não podemos abrir mão e Plínio representará tudo isso muito bem”, concluiu ela arrancado aplausos da plateia.

Com o fim da fala dos parlamentares, os intelectuais presente também manifestaram seu apoio a Plínio. “Nosso atual presidente é um síndico do capital. Vamos nessa eleição em romaria, com Plínio à nossa frente. Plínio, você tem nossa bênção”, anunciou Dom Tomás Balduíno, bispo emérito de Goiás. O geógrafo Aziz Ab’Saber fez questão de destacar o equilíbrio e a sensibilidade de Plínio. “Ele não pensa no outro, ele pensa nos outros. Estou com muito fervor em termos desta candidatura”, declarou emocionado. Waldemar Rossi, membro da Pastoral Operária, também destacou a unicidade de Plínio nessas eleições. “Só ele pode mostrar ao povo que esse modelo vigente não serve. Isso porque fala de forma simples, mas com muita profundidade. Não posso negar apoio a este homem, conhecendo sua história”, disse. O cineasta Silvio Tendler e os sociólogos Chico de Oliveira e Heloísa Fernandes, também marcaram presença no evento e declararam seu apoio ao candidato do PSOL.

PSOL lança Márcio Pinto a deputado estadual

“Égua, pai d’égua, arreda que ele vem. Agora é Márcio Pinto, vou votar (omitido)”. Com essa palavra de ordem animada, a militância do PSOL saudou a candidatura a deputado estadual do professor Márcio Pinto, lançada no último sábado, 26, durante a Convenção Estadual do PSOL, na Câmara Municipal de Belém.

Marcada pela descontração da militância, a Convenção lançou, ainda, o historiador Fernando Carneiro ao Governo do Estado do Pará, além do advogado João Augusto Oliveira e da ex-vereadora de Belém, Marinor Brito, ao Senado da República.

Durante o evento, foram homologadas, também, as candidaturas do partido à Assembleia Legislativa e à Câmara Federal, com destaque para o lançamento do advogado trabalhista santareno Gleydson Pontes e do ex-coordenador geral do DCE da UFPA, Fabrício Gomes, que serão candidatos a deputado federal e farão dobradinha com a candidatura de Márcio Pinto.

Em sua primeira fala como candidato à deputado estadual, Márcio Pinto destacou que o PSOL é uma necessidade da classe trabalhadora, diante da traição do PT, que ao chegar ao poder, abandonou as bandeiras da ética e por mudanças transformadoras na sociedade brasileira. “Saio candidato pelo PSOL porque é o partido que combate à corrupção e o nepotismo e defende uma nova forma de fazer política, com transparência e democracia”, afirmou Márcio, sendo bastante aplaudido pelo público presente.

Na sua intervenção, Márcio criticou a situação de abandono em que vive o Estado do Pará, sem investimentos em áreas essenciais, como a educação, em que os trabalhadores são perseguidos e mal remunerados e os alunos, muitas vezes, sequer têm acesso à merenda escolar. “Não podemos aceitar que a população continue indo a um hospital em busca de saúde e acabe encontrando a morte, como aconteceu em Santarém, onde parte do hospital municipal desabou, matando duas pessoas”, relatou o candidato.

Márcio finalizou seu pronunciamento fazendo um chamado à militância do PSOL, a marchar unida e com garra, batendo de porta em porta, apresentando o nome de Plínio presidente, Fernando governador, Marinor e João Augusto senadores.

Quem é Márcio Pinto?

Professor da rede estadual de ensino e servidor judiciário, Márcio Pinto é bacharel em Direito e licenciado em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Iniciou sua militância no movimento estudantil, tendo coordenado o Diretório Acadêmico do campus da UFPA, em Santarém. Atualmente, é dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), onde é um destacado ativista, que atua por uma educação pública de qualidade, em defesa da Amazônia, de melhorias no serviço público e salários dignos aos trabalhadores.

Em 2008, foi candidato à prefeito de Santarém pelo PSOL. Apesar de enfrentar máquinas poderosas e tubarões da política tradicional santarena, Márcio ficou em terceiro lugar na disputa, obtendo uma votação expressiva e o apoio de parcela significativa da população local, que confiou no PSOL o seu desejo de mudança e por uma vida melhor, e vai continuar confiando, elegendo Márcio Pinto deputado estadual.

Por Max Costa* - Jornalista

* O Texto teve alguns trechos omitidos devido ainda não estarmos dentro do período de propaganda eleitoral.


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